28 outubro 2009


Poderia o veneno de um escorpião, aniquilar a beleza de uma Rosa?

Ele mexia comigo, sempre. E tinha um enorme poder sobre mim, e eu sei que ele sabia disso, por que ele adorava me magoar. Ele me via como um brinquedo, daqueles que você pega pra brincar, quebra e quando você vê que esse brinquedo já não tem mais utilidade, joga fora ou deixa de lado.
E o que todo mundo dizia pra mim? Ninguém nunca avisou? Puff... Claro que avisaram, mais eu estava surda, surda de amor. Mais todas as vezes que eu olhava pra ele meu coração queria sair pela minha boca, os meus olhos se iluminavam e pareciam brilhar mais do que o comum e da minha boca? Da minha boca nenhuma palavra ousava sair e eu não conseguia nem processar nada mesmo. Eu podia iguala-lo a um basilisco, pois aquelas íris acinzentadas me petrificavam, me deixavam imune a ele. Eu mentiria se dissesse que eu não gostava daqueles olhos me olhando com desejo, e eu dissesse que eu não gostava do jeito em que aquelas mãos frias me tocavam ou até mesmo do jeito em que quando ele encostava sua boca na minha, eu podia sentir um hálito frio e com sabor de menta. Eu mentiria se eu falasse que aquelas palavras francesas sussurradas no meu ouvido não me faziam perder o sentido. Mais a culpa sempre era minha, sempre foi minha. Homens são todos iguais, sempre correndo atrás de carne fresca e nova, e eu era uma menina elegante que me encaixava perfeitamente nos desejos dele, eu era uma presa fácil, um alvo fácil. xxx

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