10 fevereiro 2010

Morte e Chocolate.

Primeiro as cores. Depois os humanos. Em geral, é assim que eu vejo as coisas. Ou pelo menos tento.

Normalmente eu gosto do céu cor de chocolate. Chocolate bem escuro. As pessoas dizem que condiz comigo. Mas procuro gostar de todas as cores que vejo - o espectro inteiro. Um bilhão de sabores, mais ou menos, nenhum deles exatamente igual, e um céu para chupar devagarinho. Tira a contundência de tensão.
Ajuda-me a relaxar.

Muitos seres humanos. Muitas cores.
São disparadores dentro de mim. Torturam minha memória.
Vejo-os em pilhas altas, todos trepados uns por cima dos outros.
O ar parece feito de plastico, um horizonte como cola poente.
Existem céus fabricados pelas pessoas, perfurados e vazantes,
e há nuvens macias, cor de carvão, que pulsam como corações negros.
E depois, vem a morte.

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